Quando ficaremos sem alimentos?
Quando ficaremos sem alimentos?
por Jessica Toothman - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Neste artigo
Se você mora em uma nação desenvolvida, a ideia de não ser capaz de encontrar alimento em mercearias é difícil de imaginar. Claro que você nem sempre tem dinheiro para comprar o cardápio desejado, mas o fato é que há comida disponível se você puder pagar por ela. Em outras partes do mundo, contudo, a história é muito diferente.
 © MShep2 / iStockphoto Um séria crise de alimentos está matando de fome e desnutrição gente no mundo todo, principalmente em países subdesenvolvidos e em guerras e conflitos internos |
Em 2008, uma série crise de alimentos repercutiu no mundo todo, causando malnutrição e fome das Filipinas ao Haiti e do Egito a Burkina Faso. Mas mesmo com a melhoria geral da situação, várias crises contínuas e localizadas de alimentos continuaram a ter impacto em regiões específicas. No Iêmen, por exemplo, trabalhadores do Programa Mundial de Alimentos, da OMS, estão lutando para conseguir US$ 75,3 milhões dos US$ 103 milhões necessários para alimentar todas as pessoas que estão morrendo de fome em uma região do país arrasada por guerras.
Em maio de 2010, cerca de 3,4 milhões de iemenitas de uma população total de 23 milhões foram ameaçados pela extrema falta de alimentos. Trabalhadores do Programa Mundial contra a Fome só foram capazes de fornecer meias rações (1.500 calorias por dia) para umas poucas centenas de milhares de refugiados - ajuda que praticamente vai cessar em agosto de 2010 se o grupo não conseguir obter fundos adicionais. Não é de surpreender que tantos iemenitas estejam se lutando por alimentos - menos de 3% do país arável, e mais de 45% da população vive abaixo da linha da pobreza. A situação vai ficar tão feia que o resto de nós terá de lutar por comida também?
A fome mundial se estende além do Iêmen. Em 2010, o objetivo do Programa Mundial contra a Fome é alimentar cerca de 90 milhões de pessoas que passam fome em 74 países do mundo. Logisticamente, isso não é tarefa fácil, e os trabalhadores do programa usam de tudo - de navios, aviões, helicópteros e caminhões a elefantes, burros, iaques e camelos para levar alimentos às pessoas necessitadas.
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