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Os planetas são, assim, formados de massas de matéria_condensada, porém, ainda não solidificada, destacadas da massa central pela ação de força centrífuga e que tomam, em virtude das leis do movimento, a forma esferoidal, mais ou menos elíptica, conforme ograu de fluidez que conservaram. Um desses planetas será a Terra que, antes de se resfriar e revestir de uma crosta sólida, dará nascimento à Lua, pelo mesmo processo de formação astral a que ela própria deveu a sua existência. A Terra, doravante inscrita no livro da vida, berço de criaturas cuja fraqueza as asas da divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
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Johannes Kepler. - Astrônomo alemão (1571-1630). De origem modesta. Em conseqüência de perseguições religiosas, refugiu-se em Praga (c 1600), onde veio a ser assistente de Tycho Brahe(dono de extraordinário observatório), a que sucedeu em 1601 como astrônomo do Imperador Rodolfo II (alquimista). Partidário convicto dosistema heliocêntrico. Formulou as célebres leis que regem o movimento dos planetas e que lhe imortalizaram o nome, abrindo o caminho a Newton para a descoberta da atração universal. [49]
Filho e neto de feiticeiras e de pai libertino, ganhou fama em seu tempo graças às suas precisas profecias astrológicas. Entre outras coisas, inventou o cálculo diferencial, criou as tábuas logarítmicas.
[Revista Planeta no 3 - MAR/2003]
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Tarde de verão, precisamente 9 de Julho de 1596. Enquanto lecionava, o matemático da Escola Protestante de Gratz, Áustria, de súbito se deixou tomar por uma carrada de pensamentos lúcidos, que o entregou a um estado de maravilhado torpor. Absorto, o professor humildemente emudecera ao vislumbrar a perfeição do cosmos. Sua reservada classe de alunos, incapaz de perceber o crucial momento da história da ciência que ali se registrava, interpelou o mestre, que em sua estranha iluminação, apenas pôde murmurar: "Deus geometriza ! A geometria é o próprio Deus!"
Dentre as suas profecias, contam, entre muitos de seus acertos, a chegada de um inesperado rigoroso inverno que assolou seu país, como também a invasão dos turcos, que, na data prevista, devastaram toda a região entre Viena e Neustadt, incendiando tudo.
Fascinado com a própria descoberta, entendeu ter traduzido em termos geométricos a assinatura divina, capaz de estabelecer a proporção harmônica entre asdistâncias planetárias, bem como seu comportamento regular. Publicou o original modelo no Mysterium Cosmographicum (1596), pouco antes de completar 25 anos. A obra extraiu elogios de Galileu, que viu nela a confirmação da tese copernicana.
Deficiente visual que era, genialmente adaptou lentes convergentes (até hoje chamadas keplerianas) à ocular do telescópio óptico de Galileu, com o que aumentaria para 1005 o número de astros cadastrados.
Em 1601, em leito de morte, Brahe expressou a Kepler seu último desejo: "Não deixe meu trabalho em vão", e o instituiu herdeiro espiritual de seu saber.
Dizia seu epitáfio no cemitério São Pedro, de autoria própria:"Media os céus, ora meço as sombras. O espírito é celeste; jaz aqui a sombra de meu corpo." Sua tumba foi profanada durante a Gerra dos Trinta Anos e as cinzas desse visionário, atiradas ao vento, ainda hoje orbitam pelo espaço.
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Tinha-se antigamente a ideia de um sistema geocêntrico, ou seja, tudo girava em torno da Terra, a qual era o centro do universo. Esta ideia durou muito tempo, até queNicolau Copérnico, por volta de 1500, observou que, adotando um sistema heliocêntrico, os cálculos de posições de corpos celestes tornavam-se muito mais precisos e objetivos.
Giordano Bruno apoiou as ideias de Copérnico e foi queimado vivo. A Igreja não gostava muito da ideia de a Terra não ser o centro de tudo, e afirmações existentes naBíblia foram utilizadas por mais de dois séculos para contrariar o modelo heliocêntrico. O livro de Copérnico que explicava o modelo heliocêntrico foi colocado no Index da Igreja, e qualquer pessoa que o lesse poderia ir para a fogueira como herege.
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Atributos dos planetas do Sistema Solar |
Nome | Diâmetro*
do equador | Massa* | Raio
orbital* (UA) | Período orbital*
(anos) | Inclinação orbital (°) | Excentricidade orbital | Período de rotação *
(dias) | Satélite(s) natural(is) |
Mercúrio | 0,382 | 0,06 | 0,387 | 0,241 | 7,00 | 0,206 | 58,6 | nenhuma |
Vênus | 0,949 | 0,82 | 0,72 | 0,615 | 3,39 | 0,0068 | -243 | nenhuma |
Terra** | 1,00 | 1,00 | 1,00 | 1,00 | 0,00 | 0,0167 | 1,00 | 1 |
Marte | 0,53 | 0,11 | 1,52 | 1,88 | 1,85 | 0,0934 | 1,03 | 2 |
Júpiter | 11,2 | 318 | 5,20 | 11,86 | 1.31 | 0.0484 | 0,414 | 63 |
Saturno | 9,41 | 95 | 9,54 | 29,46 | 2,48 | 0,0542 | 0,426 | 56 |
Urano | 3,98 | 14,6 | 19,22 | 84,01 | 0,77 | 0,0472 | -0.718 | 27 |
Neptuno | 3,89 | 17,2 | 30,06 | 164,8 | 1,77 | 0.0086 | 0,671 | 13 |
*Medidas relativas a Terra.
2003 UB313 - éris ( planeta anão ) Descoberto em 2003
A imagem acima : Estas imagens de lapso de tempo de um planeta recém-descoberto em nosso sistema solar, chamado 2003UB313 , foram tiradas em 21 de outubro de 2003 , usando o Telescópio Samuel Oschin no Observatório Palomar , perto de San Diego , na Califórnia O planeta, circundado em branco, é visto que se deslocam através de um campo de estrelas. As três imagens foram tiradas cerca de 90 minutos. Os cientistas não descobriram que o objeto nestas fotos era um planeta até 8 de janeiro de 2005 . Crédito da imagem: Telescópio Samuel Oschin, Palomar Observatory
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As notícias de um novo planeta no Sitema_Solar começaram a chegar no verão passado. O astro rochoso, baptizado com o estranho nome de 2003 UB 313, aparecia como um forte candidato ao lugar de décimo planeta. Hoje, novas observações publicadas na Nature vêm reforçar esta hipótese e relançar a polêmica sobre o que é um planeta afinal, o misterioso astro não é só maior do que Plutão, mas é também o maior objecto trans-neptuniano conhecido até hoje.
Recorde-se que, já no verão passado, a equipe de cientistas norte-americanos liderada por Mike Brown anunciara a detecção do 2003 UB 313. Na altura, no entanto, pensavam que o corpo celeste, composto de rocha e gelo, seria, no mínimo, do mesmo tamanho que Plutão.
"O que os astrônomos conseguiram agora foi medir definitivamente o tamanho do objecto e concluir de vez que é muito maior do que Plutão", explicou ao DN Nuno Peixinho, investigador do Grupo de Astrofísica da Universidade de Coimbra. Uma descoberta "fantástica", que volta a levantar a questão sobre o que deve ser ou não um planeta.
De acordo com o trabalho publicado hoje na Nature, o 2003 UB 313 tem 3100 quilómetros de diâmetro - bem mais do que os 2300 quilómetros de Plutão. Para chegar a estas conclusões, a equipe liderada por Frank Bertoldi, da Universidade de Bonna, na Alemanha, recorreu a um radiotelescópio de 30 metros de diâmetro, na Sierra Nevada. O trabalho permitiu-lhes medir a razão entre a luz solar recebida pelo objecto e a luz reflectida pelo mesmo (albedo) e calcular o seu tamanho, com base na radiação térmica emitida.
Além de ser o maior objecto do Cinturão de Kuiper - ou seja, trans-neptuniano - conhecido até hoje, o 2003 UB 313 é também o mais distante detectado no Sistema Solar. Demora 560 anos terrestres a completar uma volta em torno do Sol - quase o dobro do que Plutão. O que levanta questões sobre o lugar deste último no Sistema. É que,...
- se os quatro planetas mais próximos do Sol são corpos rochosos, de tamanho modesto,
- e os quatro seguintes são gigantes gasosos,
- Plutão - e 2003 UB 313 - são completamente diferentes com órbitas muito excêntricas e compostos sobretudo de gelo.
Por isso, 2003 UB 313 é o décimo planeta ou Plutão deve perder o seu título?
Para Nuno Peixinho, embora seja "fantástico" descobrir um objecto desta dimensão no Cinturão de Kuiper - onde orbitam milhares de asteróides -, seria "preferível" que nenhum destes objectos trans-neptunianos fosse considerado um planeta - nem mesmo Plutão. Recorde-se que, desde o primeiro, descoberto em 1992, já se detectaram cerca de mil objectos trans-neptunianos.
Segundo o astrofísico, estima-se que haja "mais cinco a dez do tamanho de Plutão, ainda por descobrir". Ou seja, se a União Astronômica Internacional optar por considerar o 2003 UB 313 , é provável que a lista se avolume e a lengalenga - "Mercúrio, Vénus, Terra, Marte..." - que se aprende na escola se torne bem mais difícl de decorar...
Os Planetas Principais do Sistema Solar |
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O Sistema Solar é constituido por oito planetas principais:
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O Sistema Solar é também constituido por cinco planetas anões:
Plutão, Ceres, Éris, Makemake e Haumea. Podes também consultar a nossa página sobre planetas anões.
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Mercúrio é o planeta mais interior do Sistema Solar. Está tão próximo do Sol que este, se fosse visto por um astronauta de visita ao planeta, pareceria duas vezes e meia maior e sete vezes mais luminoso do que observado da Terra.
O movimento de Mercúrio caracteriza-se ainda por uma particular relação entre o seu eixo e a revolução orbital à volta do Sol: o período de rotação, igual a 58,65 dias terrestres, dura exactamente dois terços do período orbital (o seu "ano" ) que é igual a 87,95 dias.
Em Mercúrio foram observadas estruturas ausentes na Lua, entre as quais um sistema de grandes fracturas da crosta, geralmente interpretadas como indícios de que o planeta sofreu um processo de contracção, provavelmente pelo efeito do gradual arrefecimento que teve lugar a partir de sua formação.
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Paisagem de Vénus, fruto da fantasia de um pintor. Sabe-se que no passado Vénus sofreu uma intensa actividade vulcânica e pensa-se que ainda poderá ocorrer a expulsão de gases e de lava.
Vénus, o segundo planeta do sistema solar por ordem de distância ao Sol, é o que pode aproximar-se mais da Terra e o astro mais luminoso do nosso céu, depois do Sol e da Lua. A órbita que o planeta percorre em 225 dias é praticamente circular. A rotação sobre o seu eixo é extremamente lenta, com um "dia" que dura quase 243 dias terrestres, efectuando-se em sentido retrógrado ao contrário dos outros planetas rochosos do Sistema Solar.
A superfície deste planeta é um verdadeiro inferno, com uma pressão atmosférica 90 vezes superior à da Terra e uma temperatura de 500º C, devido ao ?efeito de estufa?. A sua atmosfera compõe-se, quase por inteiro, de dióxido de carbono (CO2), com um pouco de nitrogénio.
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A Terra é o terceiro planeta do sistema solar, a contar a partir do Sol e o quinto em diâmetro.
Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades de água, tem placas tectónicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos.
A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário que possui vida, na forma como a reconhecemos.
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Marte, ao lado, numa montagem fotográfica, a partir de imagens captadas pela sonda ?Viking Orbiter? da NASA. É o resultado da composição de mais de uma centena de imagens, obtidas quando a sonda girava a 32.000 Km da superfície do planeta.
Conhecido pela sua característica coloração avermelhada, o planeta gira em volta do Sol a uma distância média de 228 milhões de quilómetros. A sua trajectória é marcadamente elíptica, demorando 686,98 dias para dar uma volta completa em redor do Sol e o seu plano orbital tem uma inclinação de apenas 1,86º em relação à órbita terrestre. Acompanham-no no seu movimento de revolução dois pequenos satélites (Deimos e Fobos) descobertos em 1877.
Sendo o mais exterior dos planetas rochosos, é um pequeno e árido globo de atmosfera ténue, cuja estrutura interna ainda não é bem conhecida. No entanto, através da densidade média, do achatamento polar e da velocidade de rotação, é possível deduzir que o planeta tem um núcleo de ferro e de sulfato de ferro com cerca de 1.700 Km de raio, e uma crosta com cerca de 200 Km de espessura.
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O planeta gigante é o centro de um sistema composto por 63 satélites e um ténue anel. Embora Vénus o supere em esplendor no céu da aurora ou do crepúsculo, Júpiter é sem dúvida, o planeta mais espectacular, inclusive para quem apenas disponha de um modesto instrumento óptico para a sua observação. Com o nome do rei dos deuses da tradição greco-romana, situado a uma distância média do Sol de 778,33 milhões Km, demora 11,86 anos a descrever uma órbita (ligeiramente elíptica) completa.
O que mais impressiona neste planeta são as suas gigantescas dimensões. Com um raio de 71.492 Km, um volume 1.300 vezes superior ao da Terra e uma massa equivalente a quase 318 massas terrestres, Júpiter supera todos os outros corpos do Sistema Solar, exceptuando o Sol.
A formação mais espectacular da atmosfera de Júpiter é a denominada Grande Mancha Vermelha, uma perturbação atmosférica, com mais de 30.000 Km de extensão, que já dura há 300 anos.
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Até 1977, foi mais conhecido pela particularidade de ser o único planeta rodeado por um sistema de anéis. A partir de então, graças às avançadas observações realizadas a partir da Terra e às fascinantes descobertas das sondas ?Voyager?, Saturno tornou-se uma atracção universal.
Depois de Júpiter, Saturno é o maior planeta, com uma massa e um volume 95 e 844 vezes, respectivamente, superiores aos da Terra. Destes dados deduz-se que tenha uma densidade média equivalente a 69% da da água, o que indica que na composição deste corpo celeste predominam os elementos leves, como o hidrogénio e o hélio.
Em Saturno também se observam várias formações semelhantes a ciclones, de cor parda ou clara, embora nenhuma comparável à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. Trata-se de óvalos de cerca de 1.200 Km, de duração breve e presentes apenas nas latitudes altas.
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O primeiro dos planetas descobertos na época moderna, só é visível à vista desarmada em condições especialmente favoráveis. Situado a uma distância média do Sol de 2.871 milhões Km, demora 84,01 anos a descrever uma volta completa à volta do astro.
É um planeta singular, cujo eixo de rotação coincide praticamente com o plano orbital. Com o raio equatorial de 25.559 Km e a massa equivalente a 14,5 massas terrestres, o planeta Úrano pode considerar-se irmão gémeo do longínquo Neptuno. A coloração verde-azulada da atmosfera deve-se à abundância de metano gasoso (2% das moléculas) que absorve a luz do Sol. Além disso, o composto condensa-se a altitudes bastante elevadas e forma uma camada de nuvens.
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A órbita de Neptuno situa-se a uma distância de 4.497 milhões de Quilómetros do Sol e para completar uma volta necessita de 165 anos. Assim, desde que foi descoberto (em Setembro de 1846) ainda não descreveu uma volta completa em redor do Sol. O planeta possui uma massa 17 vezes superior à da Terra, e uma densidade média igual a 1,64 vezes a da água. Como todos os gigantes gasosos, não apresenta uma separação nítida entre uma atmosfera gasosa e uma superfície sólida, pelo que se define convencionalmente como nível zero, o correspondente à pressão de 1 bar.
A sua atmosfera é constituída, basicamente, por hidrogénio e hélio, com uma pequena percentagem de metano. Este último composto, que absorve a luz vermelha procedente do Sol, confere-lhe a coloração característica e influencia a meteorologia e a química do planeta
Cientistas estão na expectativa se ele resistirá ao calor solar. Depois de chegar perto do Sol, cometa poderá ser o mais claro desde o Hale-Bopp
O cometa Ison poderá brilhar tão intensamente quanto a Lua Cheia quando passar no ponto mais próximo ao Sol de sua trajetória Foto: NASA, ESA, Hubble Heritage Team / Divulgação
Os astrônomos esperam ansiosos pelo acontecimento celeste do ano: nesta quinta-feira, às 16h40 (horário de Brasília), o cometa Ison atinge o periélio, o ponto de sua trajetória mais próximo do Sol, a apenas 1,2 milhão de quilômetros. Essa distância é 125 vezes menor do que a entre a Terra e o astro. O cometa terá que resistir a uma temperatura de quase 3 mil graus centígrados. Embora ele se desloque a uma velocidade de mais de 1 milhão de quilômetros por hora, no espaço reina o vácuo, portanto não haverá nenhum vento para refrescá-lo.
Nas horas antes e depois dessa passagem próxima, o Ison reluzirá tão forte que, mesmo no azul do céu diurno, ele poderá ser visto bem ao lado do Sol. Seja como for, alguns satélites que monitoram as imediações do centro do sistema solar estão de olho no Ison. Segundo uma antiga norma entre astrônomos, os novos cometas recebem o nome de seus descobridores. Assim, "Ison" é acrônimo de International Scientific Optical Network, a rede internacional de telescópios a partir de cuja estação em Kislovodsk, Rússia, ele foi avistado, em setembro de 2012.
Mensageiro da geladeira cósmica
O Ison tem um diâmetro de cinco quilômetros, sendo composto principalmente de gelo, gases congelados e poeira. Por isso, os astrônomos costumam apelidar os cometas de "bolas de neve suja". Eles são os resquícios do processo de nascimento do sistema solar, há mais de 4 bilhões de anos – ou seja, as migalhas que sobraram quando o Sol, a Terra e os outros planetas se formaram. Muito além da órbita do planeta mais extremo, Netuno, incontáveis desses blocos de gelo vagam em torno do Sol. Nessas regiões, o Sol não passa de um ponto claro como a lua cheia, e a temperatura é inferior a 200 graus negativos. De vez em quando, um cometa se extravia, penetrando no sistema solar interno (anterior ao cinturão de asteroides). O Ison vai passar próximo ao Sol pela primeira vez nesta semana, e os cientistas estão entusiasmados pela possibilidade de observar material totalmente não contaminado, da época da formação do sistema solar.
Comportamento imprevisível
O calor do Sol vai praticamente "fritar" o cometa, causando a evaporação de muito gelo, que, por sua vez, arrastará grande quantidade de poeira. Gás e poeira formam a cauda do cometa, que se estende por milhões de quilômetros no cosmos. Em meados de novembro, o Ison ficou subitamente mais claro. Provavelmente alguns fragmentos do seu núcleo se soltaram, liberando, assim, mais gás e poeira. O cientista Hermann Böhnhardt, do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar, em Katlenburg, na Baixa Saxônia, observou detalhadamente o Ison com um telescópio do Observatório Wendelstein, da Universidade de Munique. Ele descobriu duas estruturas em forma de asas na parte gasosa do cometa. Essas estruturas aparecem, tipicamente, depois que fragmentos isolados se desprendem do núcleo", relata. Mas, para os astrônomos amadores temerosos que o Ison se desintegrasse antes do grande espetáculo, Böhnhardt tem uma notícia tranquilizadora: "Nossos cálculos indicam que apenas um pedaço se desprendeu ou, no máximo, uns poucos destroços."
Precauções ao observar o cometa
No entanto, é muito difícil prever o comportamento exato dos cometas. Os pesquisadores acreditam que o Ison decerto perderá muito material ao passar próximo ao Sol, mas não vai se desintegrar. Afinal, outros cometas já passaram extremamente perto dele. Em março de 1843, o famoso Grande Cometa, que pôde ser visto à luz do dia, esteve a apenas 140 mil quilômetros do astro. Quem observar o Ison no dia 28 de novembro deve tomar algumas precauções. O uso de binóculos é totalmente vedado, já que apenas uma rápida olhada em direção ao Sol pode causar cegueira total. A maneira mais segura de observá-lo é a olho nu, e ajuda cobrir o Sol com um pedaço de papelão ou algo semelhante, mantendo o braço esticado. O cometa só será visível se o céu estiver perfeitamente azul, sem nebulosidade.
Caso o Ison sobreviva ao calor solar, ele poderá ser visto na Europa novamente no início de dezembro: primeiramente no leste, pouco antes do nascer do sol; e a partir de meados do mês no firmamento noturno, a noroeste. Com sorte, ele será o cometa mais brilhante observado no Hemisfério Norte, desde o Hale-Bopp, em 1997. No Brasil, o brilho do Ison já era observado no céu noturno, e, depois de passar perto do Sol, ele voltará a ficar visível a partir do dia 13 de dezembro, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. O melhor momento para observá-lo é a partir das 4h. E quanto mais próximo do Sol, mais longe da Terra: no dia 27 de dezembro o cometa estará a uma distância de 64 milhões de quilômetros do nosso planeta.
Fonte: Terra
O planeta Mercúrio, à direita, e um registro de sua passagem diante do Sol
Um grupo internacional de astrônomos, incluindo o francês Julien Frouard, que acaba de concluir o pós-doutorado na Unesp em Rio Claro, acredita ter encontrado a explicação para uma das coincidências mais misteriosas do sistema solar: o movimento celeste de Mercúrio, o menor dos planetas, com apenas um terço do tamanho da Terra, e o mais próximo do Sol. Os pesquisadores tentaram entender a relação entre seu período de rotação, o tempo que Mercúrio leva para completar uma volta girando em torno de si, e seu período de translação, o tempo que o planeta demora para dar uma volta em torno do Sol. Seu período de rotação, de 58 dias terrestres, é exatamente igual a dois terços de seu período de translação, de 88 dias. Em outras palavras, a cada três dias mercurianos se completam dois de seus anos.
O problema é que, por estar tão perto do Sol, era esperado que a intensa força gravitacional da estrela desacelerasse a rotação de Mercúrio até o ponto em que o seu dia durasse o mesmo que o seu ano. Por que esse processo foi interrompido justamente na proporção de três para dois? Frouard e seus colegas apresentaram em outubro, na reunião anual da Sociedade Astronômica Americana, um novo modelo da história de Mercúrio, desde a sua origem há cerca de 5 bilhões de anos, e que leva em conta detalhes de como o corpo rochoso do planeta sofreu com a gravidade solar. Eles concluíram que a influência do Sol, aliada à órbita mais alongada de Mercúrio, travou precocemente seu movimento, dezenas de milhões de anos depois de sua formação, nas proporções observadas atualmente.
Fonte: Revista Fapesp
Créditos:ESO/B. Tafreshi
Babak Tafreshi, um dos Embaixadores Fotográficos do ESO, capturou as antenas do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) numa imagem que combina a beleza do céu austral com as prodigiosas dimensões do maior projeto astronómico do mundo. Milhares de estrelas podem ser vistas a olho nu nos céus límpidos do planalto do Chajnantor. O ar seco e transparente é uma das razões pelas quais o ALMA foi aqui construído. Surpreendentemente brilhante, no canto esquerdo da fotografia, podemos ver um grupo compacto de estrelas jovens, o enxame das Pleiades, que era já conhecido da maioria das civilizações antigas. A constelação de Orion vê-se claramente por cima da mais próxima das antenas - o cinturão do caçador é formado pelas três estrelas que se encontram mesmo à esquerda da luz vermelha.
De acordo com a mitologia clássica, Orion era um caçador que perseguia as Pleiades, as belas filhas de Atlas. Quando vistas através da fina atmosfera do Atacama, até parece que a caçada épica está realmente a acontecer. O ALMA, uma infraestrutura astronómica internacional, é uma parceria entre a Europa, a América do Norte e o Leste Asiático, em cooperação com a República do Chile. A construção e operação do ALMA é coordenada pelo ESO, em prol da Europa, pelo Observatório Nacional de Rádio Astronomia (NRAO), em prol da América do Norte e pelo Observatório Astronómico Nacional do Japão (NAOJ), em prol do Leste Asiático. O Observatório ALMA (JAO) fornece uma liderança e direção unificadas na construção, gestão e operação do ALMA.
Fonte: ESO
A Grande Nuvem de Magalhães é uma das galáxias mais próximas da nossa. Os astrónomos usaram o poder do Very Large Telescope do ESO para explorar com grande detalhe a NGC 2035, umas das suas regiões menos bem conhecidas. Esta nova imagem mostra nuvens de gás e poeira onde estrelas quentes se estão a formar, ao mesmo tempo que esculpem formas estranhas no seu meio circundante. Mas a imagem mostra também os efeitos da morte das estrelas - filamentos criados por uma explosão de supernova (à esquerda da imagem).
A Grande Nuvem de Magalhães é uma das galáxias mais próximas da nossa. Os astrónomos usaram o poder do Very Large Telescope do ESO para explorar umas das suas regiões menos bem conhecidas. Esta nova imagem mostra nuvens de gás e poeira onde estrelas quentes se estão a formar, ao mesmo tempo que esculpem formas estranhas no seu meio circundante. Mas a imagem mostra também os efeitos da morte das estrelas - filamentos criados por uma explosão de supernova.
Situada a apenas 160 000 anos-luz de distância da Terra na constelação do Espadarte, a Grande Nuvem de Magalhães é uma das nossas vizinhas galácticas mais próximas. Encontra-se a formar estrelas de forma ativa em regiões que são tão brilhantes que algumas podem ser vistas a olho nu a partir da Terra, tais como a Nebulosa da Tarântula. Esta nova imagem, obtida com o Very Large Telescope do ESO, instalado no Observatório do Paranal no Chile, explora uma região chamada NGC 2035 ou Nebulosa da Cabeça de Dragão (à direita na imagem).
A NGC 2035 é uma região HII, ou nebulosa de emissão, constituída por nuvens de gás que brilham devido à radiação intensa emitida por estrelas jovens. Esta radiação arranca electrões dos átomos do gás, que eventualmente se recombinam com outros átomos emitindo radiação. Misturados com o gás estão nodos densos escuros de poeira que absorvem a radiação em vez de a emitirem, criando assim ao longo da nebulosa troços estreitos intrincados e formas escuras.
As formas filamentares que podem ser vistas na imagem à esquerda, não são o resultado da formação estelar, mas sim da morte das estrelas. Foram criadas por um dos fenómenos mais violentos do Universo - a explosão de uma supernova . Estas explosões são tão brilhantes que muitas vezes ofuscam brevemente toda a galáxia, antes de se desvanecerem ao longo de várias semanas ou meses.
Ao inspeccionar esta imagem pode ser difícil apercebermo-nos do tamanho destas nuvens, que têm uma dimensão de várias centenas de anos-luz e que não se encontram na nossa galáxia, mas muito para além dela. A Grande Nuvem de Magalhães é enorme, mas quando comparada com a nossa própria galáxia é muito modesta em extensão, tendo apenas uns 14 000 anos-luz - cerca de dez vezes menos que o tamanho da Via Láctea. Esta imagem foi obtida no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO com o instrumento FORS (FOcal Reducer and low dispersion Spectrograph) montado no Very Large Telescope do ESO, que se situa no Observatório do Paranal, no Chile.
Fonte: ESO
Essas três estrelas, alinhadas quase que em uma reta, são umas das maiores referências para os entusiastas. Essas estrelas pertencem a um grupo maior de estrelas chamado de Constelação de Órion"
Constelação de Órion com destaque acima para Betelgeuse (estrela alaranjada) e abaixo a M42 (nebulosa avermelhada)
O fim do ano começa a se aproximar e aos poucos você vai notando uma presença famosa no céu: as Três Marias. Essas três estrelas, alinhadas quase que em uma reta, são umas das maiores referências para os entusiastas. Essas estrelas pertencem a um grupo maior de estrelas chamado de Constelação de Órion. Órion é certamente uma das constelações mais antigas de que se tem registro. Desde os homens das cavernas, o céu já era representado através de pinturas em cavernas, esculturas como no caso da escultura em pedra, de apenas 3,8 cm de comprimento, descoberta em 1974 em uma caverna perto de Blaubeuren, na Alemanha, e estudada pelo pesquisador Michael Rappenglück. Essa pequena peça de pedra tem uma idade de 32 mil anos e está esculpida em baixo relevo.
De um lado, temos o desenho de um homem e do outro, 86 furos - o mesmo tempo em dias que a estrela principal de Órion (Betelgeuse) fica visível no céu. Pelo fácil reconhecimento no céu, a figura resultante do grupamento das estrelas daquela região geralmente é associada a uma figura humana e de grande prestígio (afinal, para as culturas, o céu é o principal dos altares e não se “ia” parar lá à toa). No Egito antigo, o desenho representava o deus Osíris, que, depois de morto e esquartejado pelo seu irmão Set, teve juntados os pedaços por Isis e imortalizado no firmamento. Na mitologia grega, dentre os vários mitos que envolvem Órion, um deles conta que Órion era um gigante caçador e havia cometido alguma injúria contra Gaia que, enfurecida, enviou um escorpião enorme para matá-lo. Zeus, então, vendo a cena, para que não houvesse mais destruição, decidiu colocá-los no céu.
Essa seria a explicação também para que as constelações de Órion e Escorpião fiquem diametralmente opostas no céu. Há outra versão na qual o escorpião feriu Órion e, então, Asclépio (deus da medicina) fez um soro. Os três foram representados no céu: Asclépio portando uma serpente é uma constelação chamada Ofiuco, que está entre o escorpião e Órion. Temos registros de Órion e de suas estrelas nas mais diversas culturas: chinesas, vedas, húngaras, escandinavas e muitas outras que vão desde a gélida Sibéria até a América do Sul. A constelação de Órion tem as Três Marias como o cinto do gigante caçador. Por isso elas também são conhecidas como “cinturão de Órion”. Fazem parte desse “cinturão” as estrelas Alnitak, Alnilan e Mintaka.
A constelação tem ainda mais cinco estrelas importantes: Rigel (a mais brilhante da constelação), Betelgeuse, Belatrix, Saiph e Meisa. Além desse grupamento de fácil identificação, a constelação tem também nebulosas famosas como, por exemplo, a M42 que pode ser facilmente identificada por ser um ponto borrado embaixo das Três Marias. Por ser bastante icônica, a constelação já foi citada diversas vezes em livros e filmes. Na saga de Harry Potter, uma das bruxas que tenta destruir o protagonista leva o nome de uma das estrelas: Belatrix. Essa foi uma prática recorrente da autora em nomear os personagens, já que temos também Sírius e Regulus como nomes de personagens e são as estrelas principais das constelações de Cão Maior e Leão, respectivamente.
Já no universo de Senhor dos Anéis, o autor J.R.R. Tolkien chamou a constelação do Órion de “O Espadachin Celeste” para os habitantes da Terra-Média. A Constelação de Órion além de ser facilmente reconhecível está cercada de várias constelações de fácil visualização como as constelações do Cão Maior, Cão Menor, Gêmeos, Touro e Lebre. A sua posição no céu fica na divisa entre os hemisférios celestes norte e sul. Por isso ela pode ser visível nos dois hemisférios, diferentemente de outras constelações, como o Cruzeiro do Sul, que pode ser visto em todo o hemisfério sul e no hemisfério norte apenas para latitudes até a cidade de Miami. Para latitudes acima dela, a constelação fica abaixo da linha do horizonte.
Na sua busca para entender as origens das estrelas e galáxias no nosso universo, os astrofísicos usam supercomputadores para modelar fenômenos extremamente complexos em escala imensa. Estrelas massivas, entre 10 e 100 vezes a amassa do Sol, são os fenômenos chaves que moldam o universo, mas o processo envolvido em suas formações ainda é algo ilusivo. Para investigar esse processo, pesquisadores da Universidade da Califórnia Berkley realizaram simulações de grande escala em supercomputadores de estrelas massivas se formando a partir do colapso de gigantescas e turbulentas nuvens moleculares.
Na imagem acima, uma simulação, mostra os filamentos de gás que se formaram em uma nuvem infravermelha 800000 anos depois da região começar seu colapso gravitacional. A extensão de cada filamento é de cerca de 4.5 parsecs de comprimento. Nos fragmentos de maior densidade no filamento (vermelho), os núcleos da nuvem molecular estão desenvolvendo e se colapsarão até que formem estrelas. Cada simulação nesse projeto usou entre 1000 e 4000 processadores do supercomputador Plêiades no NASA Advanced Supercomputing (NAS), para um total de 1 milhão de horas de processadores no decorrer de alguns meses de computação.
Fonte:http://www.nasa.gov
Crédito de imagem: ESA, Hubble, NASA
Estrelas, como as abelhas, se reúnem ao redor do centro do brilhante aglomerado globular M15. Essa bola com mais de 100000 estrelas é uma relíquia dos primeiros anos da nossa galáxia, e continua a orbitar o centro da Via Láctea. O M15, um dos 170 aglomerados globulares remanescentes, é notável por ser facilmente visível com binóculos, tendo em seu centro uma das concentrações mais densas de estrelas conhecidas, e contendo uma alta quantidade de estrelas variáveis e pulsares. Lançada recentemente, essa imagem nítida feita pelo Telescópio Espacial Hubble se espalha por cerca de 120 anos-luz. Ela mostra o dramático aumento na densidade de estrelas em direção ao centro do aglomerado. O M15, localiza-se a aproximadamente 35000 anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação do Cavalo Alado (Pegasus).
Fonte: http://apod.nasa.gov
Um estudo feito pela Universidade Joseph Fourier em Grenoble (França) descobriu uma super Terra, um exoplaneta chamado Gliese 163c, que se encontra na borda da “zona habitável” de sua estrela (distância necessária de seu “sol” para que possa existir água líquida), entrando para o “top 5” de exoplanetas conhecidos até agora que deve conter vida. Uma equipe internacional de astrônomos estudou cerca de 400 estrelas anãs vermelhas com o telescópio HARPS no Observatório Europeu do Sul no Chile.
Foi assim que eles identificaram Gliese 163c, planeta com uma massa de 6,9 vezes a da Terra e um período orbital de 26 dias. Sua estrela “mãe” é uma anã vermelha, que fica a 49 anos-luz de distância na constelação de Dorado, a Gliese 163. Além de Gliese 163c, mais um planeta alienígena orbita a estrela. A equipe descobriu indícios de um terceiro planeta, ainda não confirmado. Segundo o pesquisador Xavier Bonfils, há uma grande variedade de estruturas e composições que permitem que Gliese 163c seja um planeta habitável, mas também existem várias combinações possíveis para cenários inabitáveis.
No momento, pouca coisa pode ser sugerida sobre o planeta. Ele pode ser rochoso, ou pode ser um gigante gasoso. “Planetas com essa massa podem ser terrestres, aquáticos ou parecidos com Netuno”, diz Bonfils. Gliese 163c também pode ter um tamanho compreendido entre 1,8 e 2,4 raios terrestres, dependendo se for composto principalmente de rocha ou de água, respectivamente. Ele recebe em média 40% a mais de luz de sua estrela mãe do que a Terra do sol, tornando-o mais quente. No entanto, é mais escuro que a Terra por conta da órbita. Bonfils apontou que há uma chance de cerca de 2% que Gliese 163c passe entre sua estrela e o nosso sol a partir da perspectiva da Terra. Se assim for, os cientistas podem ser capazes de colher mais informações sobre o planeta.
Top 5
O Laboratório de Habitabilidade Planetária (PHL, na sigla em inglês), da Universidade de Porto Rico em Arecibo mantém um catálogo dos mundos alienígenas (fora do nosso sistema solar) que considera bons candidatos a abrigar vida. O recém-descoberto Gliese 163c ocupa o quinto lugar dessa lista. Dos seis planetas na lista, quatro foram encontrados no ano passado: Kepler-22b, Gliese 667Cc, HD 85512b e, claro, o Gliese 163c. “A maioria destes planetas estão relativamente perto, por isso podemos esperar encontrar melhores candidatos ainda mais perto conforme nossa sensibilidade tecnológica melhorar”, disse Abel Mendez, do PHL. Para classificar os planetas como habitáveis, Mendez e seus colegas os comparam com o único planeta conhecido que abriga vida: a Terra. A comparação inclui massa, diâmetro e temperatura, porém, alguns desses itens são difíceis de medir.
A temperatura de planetas alienígenas, por exemplo, é difícil de estimar porque é fortemente influenciada pelas características atmosféricas, sobre as quais os cientistas não sabem muito ainda – para tanto, precisam de melhores telescópios. Gliese 163c, por exemplo, pode ter um oceano agradável com uma atmosfera 10 vezes mais densa que a da Terra, com um céu rosa, coberto de nuvens. Nesse cenário possível, o planeta teria 60 graus Celsius, temperatura muito quente para a existência prolongada de plantas ou animais complexos, mas que alguns micróbios poderiam tolerar. Também é possível que Gliese 163c seja muito quente para qualquer forma de vida.
Fonte:Hypescience.com
[MSN, SCINews,
Cientistas acreditam que Marte teve rios no passado Foto: Nasa / Divulgação
Um estudo divulgado neste domingo na revista especializada Nature Geoscience indica que Marte pode ter passado por um período de efeito estufa causado por pelo menos dois gases há 3,8 bilhões de anos, o que teria elevado as temperaturas o suficiente para que o planeta vermelho tivesse água em estado líquido. Vales marcianos indicam que existiu água em estado líquido que esculpiu os esguios paredões marcianos. Contudo, simulações anteriores indicam que a quantidade de gás carbônico que existiu na atmosfera não era suficiente para subir a temperatura acima do ponto de congelamento.
O novo estudo indica, contudo, que o CO2 não foi o único gás a ter papel no aquecimento de Marte. Há 3,8 bilhões de anos, o planeta vermelho tinha também muito hidrogênio molecular na atmosfera, o que, em conjunto com o gás carbônico, teria causado aquecimento para que o planeta tivesse grande quantidade de água na superfície. Isso é animador porque explica como Marte pode ter sido quente e úmido o suficiente para formar os antigos vales que fazem os cientistas coçarem a cabeça nos últimos 30 anos", diz M. Ramirez, estudante de doutorado da universidade Penn State (EUA) e membro do grupo de pesquisa. "Acreditamos ter elaborado uma solução crível para esse grande mistério."
Ramirez e o pesquisador Ravi Kopparapu desenvolveram um modelo no qual os vulcões marcianos liberaram uma grande quantidade de gás carbônico e hidrogênio na atmosfera, o que explicaria o aquecimento. A molécula de hidrogênio em si é um pouco desinteressante", diz Ramirez. "Contudo, com outros gases, como o dióxido de carbono, ela pode ficar perturbada e funcionar como um poderoso gás de efeito estufa em comprimentos de onda que o dióxido de carbono e a água não absorvem muito. Assim, hidrogênio preenche a lacuna deixada pelos outros gases de efeito estufa", diz Ramirez.
Fonte: Terra
Comilança de planetas pode ser um fenômeno muito comum fora do Sistema Solar
Fim de um planeta Em ilustração, corpo de um sistema solar instável é atraído por estrela
O nosso sistema solar pode ser um oásis de tranqüilidade no Universo. Terra, Marte, Vênus e os demais planetas caminham sem grandes atropelos nas órbitas programadas ao redor do Sol. Mudanças, quando ocorrem, não costumam afetar o equilíbrio do sistema. É, digamos, o paraíso espacial. Mas não é o que parece estar ocorrendo em outras paragens. Planetas descobertos nos últimos dez anos bem longe do Sistema Solar enfrentam tempos de turbulência. São muito grandes ou estão em órbitas instáveis. Não bastasse isso, exercem influência uns sobre os outros até se aproximar demais da estrela-mãe e serem engolidos. Constituem o prato principal no banquete que se poderia chamar de sistema de estrelas canibais.
Os cientistas já desconfiavam dessa comilança desde que os primeiros planetas além do Sistema Solar foram descobertos. Na maioria dos casos, constituíam corpos estranhos. Eram gigantescos e muito próximos da estrela, desafiando as teorias de formação de sistemas solares no Universo. Alguns possuíam órbitas irregulares - chegavam muito perto da estrela e depois se afastavam para bem longe. A conclusão dos astrônomos: alguma coisa estava errada. Os gigantes gasosos que encontramos perto dessas estrelas deveriam ter se formado a uma distância muito maior do que aquela em que estavam", conta Nuno Ramos, astrônomo português do Observatório de Genebra, na Suíça. Eles podem ter se aproximado da estrela pela interação com os outros planetas e podem ser engolidos por ela."
Ramos participou de um estudo recente mostrando que as estrelas estariam cometendo canibalismo. "Parece que a destruição dos planetas não é um fenômeno tão raro no Universo", comenta o astrônomo Garik Israelian, do Instituto de Astrofísica das Canárias, na Espanha, e um dos autores da pesquisa. Ao estudar a composição química de algumas estrelas semelhantes ao Sol, os astrônomos encontraram a comprovação. A HD 82943, que possui pelo menos dois planetas em sua órbita, tinha quantidades anormais de um isótopo chamado lítio-6 em sua atmosfera. O lítio-6, dizem os pesquisadores, é consumido no início da vida das estrelas, mas permanece intacto nos planetas. A única explicação para sua presença na HD 82943 era, portanto, que ela tivesse devorado algum planeta. O mesmo processo de ingestão pode ter ocorrido em outros sistemas.
Fonte: Galileu
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Astronomia
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A astronomia é uma das mais antigas ciências. Culturas pré-históricas deixaram registrados vários artefatos astronômicos, como Stonehenge, os montes de Newgrange, os menires. As primeiras civilizações, como os babilônios, gregos, chineses, indianos, iranianos e maias realizaram observações metódicas do céu noturno. No entanto, a invenção do telescópio permitiu o desenvolvimento da astronomia moderna. Historicamente, a astronomia incluiu disciplinas tão diversas como astrometria, navegação astronômica, astronomia observacional e a elaboração de calendários.
Durante o século XX, o campo da astronomia profissional foi dividido em dois ramos: a astronomia observacional e a astronomia teórica. [carece de fontes] A primeira está focada na aquisição de dados a partir da observação de objetos celestes, que são então analisados utilizando os princípios básicos da física. Já a segunda é orientada para o desenvolvimento de modelos analíticos que descrevem objetos e fenômenos astronômicos. Os dois campos se complementam, com a astronomia teórica procurando explicar os resultados observacionais, bem com as observações sendo usadas para confirmar (ou não) os resultados teóricos.
Os astrônomos amadores têm contribuído para muitas e importantes descobertas astronômicas. A astronomia é uma das poucas ciências onde os amadores podem desempenhar um papel ativo, especialmente na descoberta e observação de fenômenos transitórios 1 2 .
A Astronomia não deve ser confundida com a astrologia, sistema de crença que afirma que os assuntos humanos estão correlacionados com as posições dos objetos celestes. Embora os dois campos compartilhem uma origem comum, atualmente eles já estão totalmente distintos 3 .
Inicialmente, a astronomia envolveu somente a observação e a previsão dos movimentos dos objetos no céu que podiam ser vistos a olho nu. O Rigveda refere-se aos 27 asterismos ou nakshatras associados aos movimentos do Sol e também às 12 divisões zodiacais do céu. Os antigos gregos fizeram importantes contribuições para a astronomia, entre elas a definição de magnitude aparente. A Bíblia contém um número de afirmações sobre a posição da Terra no universo e sobre a natureza das estrelas e dos planetas, a maioria das quais são poéticas e não devem ser interpretadas literalmente; ver Cosmologia bíblica. Nos anos 500, Aryabhata apresentou um sistema matemático que considerava que a Terra rodava em torno do seu eixo e que os planetas se deslocavam em relação ao Sol.
Astronomia estelar, evolução estelar: A nebulosa planetária de Formiga. A ejecção de gásda estrela moribunda no centro tem padrões simétricos intrigantes diferentes dos padrões caóticos esperados de uma explosão ordinária. Cientistas usando o Hubble tentam entender como uma estrela esférica pode produzir tais simetrias proeminentes no gás que ejecta.
O estudo da astronomia quase parou durante a Idade Média, à exceção do trabalho dos astrónomos árabes. No final do século IX, o astrónomo árabe al-Farghani (Abu'l-Abbas Ahmad ibn Muhammad ibn Kathir al-Farghani) escreveu extensivamente sobre o movimento dos corpos celestes. No século XII, os seus trabalhos foram traduzidos para o latim, e diz-se que Dante aprendeu astronomia pelos livros de al-Farghani.
No final do Século X, um observatório enorme foi construído perto de Teerã, Irã, pelo astrônomo al-Khujandi, que observou uma série de trânsitos meridianos do Sol, que permitiu-lhe calcular a obliquidade da eclíptica, também conhecida como a inclinação do eixo da Terra relativamente ao Sol. Como sabe-se hoje, a inclinação da Terra é de aproximadamente 23°34', e al-Khujandi mediu-a como sendo 23°32'19". Usando esta informação, compilou também uma lista das latitudes e das longitudes de cidades principais.
Omar Khayyam (Ghiyath al-Din Abu'l-Fath Umar ibn Ibrahim al-Nisaburi al-Khayyami) foi um grande cientista, filósofo e poeta persa que viveu de 1048 a 1131. Compilou muitas tabelas astronômicas e executou uma reforma do calendário que era mais exato do que o Calendário Juliano e se aproximava do Calendário Gregoriano. Um feito surpreendente era seu cálculo do ano como tendo 365,24219858156 dias, valor esse considerando a exatidão até a sexta casa decimal se comparado com os números de hoje, indica que nesses 1000 anos pode ter havido algumas alterações na órbita terrestre.
Durante o Renascimento, Copérnico propôs um modelo heliocêntrico do Sistema Solar. No século XIII, o imperador Hulagu, neto de Gengis Khan e um protetor das ciências, havia concedido ao conselheiro Nasir El Din Tusi autorização para edificar um observatório considerado sem equivalentes na época. Entre os trabalhos desenvolvidos no observatório de Maragheg e a obra "De Revolutionibus Orbium Caelestium" de Copérnico, há algumas semelhanças que levam os historiadores a admitir que este teria tomado conhecimento dos estudos de Tusi, através de cópias de trabalhos deste existentes no Vaticano.
Constatou-se que as estrelas são objetos muito distantes. Com o advento da Espectroscopia provou-se que são similares ao nosso próprio Sol, mas com uma grande variedade de temperaturas, massas e tamanhos. A existência de nossa galáxia, a Via Láctea, como um grupo separado das estrelas foi provada somente no século XX, bem como a existência de galáxias "externas", e logo depois, a expansão do universo dada a recessão da maioria das galáxias de nós. A Cosmologia fez avanços enormes durante o século XX, com o modelo do Big Bang fortemente apoiado pelas evidências fornecidas pela Astronomia e pela Física, tais como a radiação cósmica de micro-ondas de fundo, a Lei de Hubble e a abundância cosmológica dos elementos.
Por ter um objeto de estudo tão vasto, a astronomia é dividida em muitas áreas. Uma distinção principal é entre a astronomia teórica e a observacional. Observadores usam vários meios para obter dados sobre diversos fenômenos, que são usados pelos teóricos para criar e testar teorias e modelos, para explicar observações e para prever novos resultados. O observador e o teórico não são necessariamente pessoas diferentes e, em vez de dois campos perfeitamente delimitados, há um contínuo de cientistas que põem maior ou menor ênfase na observação ou na teoria.
Os campos de estudo podem também ser categorizados quanto:
Enquanto a primeira divisão se aplica tanto a observadores como também a teóricos, a segunda se aplica a observadores, pois os teóricos tentam usar toda informação disponível, em todos os comprimentos de onda, e observadores frequentemente observam em mais de uma faixa do espectro.
Astronomia observacional[editar]
Astronomia extragaláctica: exemplo de lente gravitacional. Esta imagem, captada pelo telescópio espacial Hubble, mostra vários objetos azuis em forma de espiral que, na verdade, são imagens múltiplas de uma mesma galáxia. A imagem original da galáxia é multiplicada pelo efeito de lente gravitacional causado pelo aglomerado de galáxias elípticas e espirais de cor amarela que aparecem no centro da fotografia. A lente gravitacional deve-se ao campo gravitacional gerado pelo aglomerado, que curva e distorce a luz de objetos mais distantes.
Uma divisão tradicional da astronomia é dada pela faixa do espectro eletromagnético observado. Algumas partes do espectro podem ser observadas da superfície da Terra, enquanto outras partes só são observáveis de grandes altitudes ou no espaço.
Radioastronomia[editar]
A radioastronomia estuda a radiação com comprimento de onda maior que aproximadamente 1 milímetro. 4 A radioastronomia é diferente da maioria das outras formas de astronomia observacional pelo fato de as ondas de rádio observáveis poderem ser tratadas como ondas ao invés de fótons discretos. Com isso, é relativamente mais fácil de medir a amplitude e a fase (onda)|fase das ondas de rádio. 4
Apesar de algumas ondas de rádio serem produzidas por objetos astronômicos na forma de radiação térmica, a maior parte das emissões de rádio que são observadas da Terra são vistas na forma de radiação síncrotron, que é produzida quando elétrons ou outras partículas eletricamente carregadas descrevem uma trajetória curva em um campo magnético. 4 Adicionalmente, diversas linhas espectrais produzidas por gás interestelar, notadamente a linha espectral do hidrogênio de 21 cm, são observáveis no comprimento de onda de rádio. 4 5
Astronomia infravermelha[editar]
A astronomia infravermelha liga com a detecção e análise da radiação infravermelha (comprimentos de onda maiores que a luz vermelha). Exceto por comprimentos de onda mais próximas à luz visível, a radiação infravermelha é na maior parte absorvida pela atmosfera, e a atmosfera produz emissão infravermelha numa quantidade significante. Consequentemente, observatórios de infravermelho precisam estar localizados em lugares altos e secos, ou no espaço.
O espectro infravermelho é útil para estudar objetos que são muito frios para emitir luz visível, como os planetas e discos circunstrelares. Comprimentos de onda infravermelha maior podem também penetrar nuvens de poeira que bloqueiam a luz visível, permitindo a observação de estrelas jovens em nuvens moleculares e o centro de galáxias. 6 Algumas moléculas radiam fortemente no infravermelho, e isso pode ser usado para estudar a química no espaço, assim como detectar água em cometas. 7
Astronomia óptica[editar]
Historicamente, a astronomia óptica (também chamada de astronomia da luz visível) é a forma mais antiga da astronomia. 8 Imagens ópticas eram originalmente desenhadas à mão. No final do século XIX e na maior parte do século XX as imagens eram criadas usando equipamentos fotográficos. Imagens modernas são criadas usando detectores digitais, principalmente detectores usando dispositivos de cargas acoplados (CCDs). Apesar da luz visível estender de aproximadamente 4000 Å até 7000 Å (400 nm até 700 nm), 8 o mesmo equipamento usado nesse comprimento de onda é também usado para observar radição de luz visível próxima a ultravioleta e infravermelho.
Astronomia ultravioleta[editar]
A astronomia ultravioleta é normalmente usada para se referir a observações no comprimento de onda ultravioleta, aproximadamente entre 100 e 3200 Å (10 e 320 nm). 4 A luz nesse comprimento de onda é absorvida pela atmosfera da Terra, então as observações devem ser feitas na atmosfera superior ou no espaço.
A astronomia ultravioleta é mais utilizada para o estudo da radiação térmica e linhas de emissão espectral de estrelas azul quente ( Estrela OB) que são muito brilhantes nessa banda de onda. Isso inclui estrelas azuis em outras galáxias, que têm sido alvos de várias pesquisas nesta área. Outros objetos normalmente observados incluem a nebulosa planetária, remanescente de supernova, e núcleos de galáxias ativas. 4 Entretanto, a luz ultravioleta é facilmente absorvida pela poeira interestelar, e as medições da luz ultravioleta desses objetos precisam ser corrigidas. 4
Astronomia de raios-X[editar]
A astronomia de raio-X é o estudo de objetos astronômicos no comprimento de onda de raio-X. Normalmente os objetos emitem radiação de raio-X como radiação síncrotron (produzida pela oscilação de elétrons em volta de campos magnéticos), emissão termal de gases finos (chamada de radiação Bremsstrahlung) maiores que 10 7 kelvin, e emissão termal de gases grossos (chamada radiação de corpo negro) maiores que 10 7 kelvin. 4 Como os raio-X são absorvidos pela atmosfera terrestre todas as observações devem ser feitas de balões de grande altitude, foguetes, ou naves espaciais.
Astronomia de raios gama[editar]
A astronomia de raios gama é o estudo de objetos astronômicos que usam os menores comprimentos de onda do espectro eletromagnético. Os raios gama podem ser observados diretamente por satélites como o observatório de raios Gama Compton ou por telescópios especializados chamados Cherenkov. 4 Os telescópios Cherenkov não detectam os raios gama diretamente mas detectam flasses de luz visível produzidos quando os raios gama são absorvidos pela atmosfera da Terra. 9
A maioria das fontes emissoras de raio gama são na verdade Erupções de raios gama, objetos que produzem radiação gama apenas por poucos milisegundos a até milhares de segundos antes de desaparecerem. Apenas 10% das fontes de raio gama são fontes não-transendentes, incluindo pulsares, estrelas de nêutrons, e candidatos a buracos negros como núcleos galácticos ativos. 4
Campos não baseados no espectro eletromagnético[editar]
Além da radiação eletromagnética outras coisas podem ser observadas da Terra que se originam de grandes distâncias.
Raios cósmicos consistindo de partículas de energia muito elevada podem ser observadas chocando-se com a atmosfera da terra. [carece de fontes] Além disso, no futuro detectores de neutrino poderão ser sensíveis aos neutrinos produzidos quando raios cósmicos atingem a atmosfera da Terra. 4
Foram construídos alguns observatórios de ondas gravitacionais como o Laser Interferometer Gravitational Observatory (LIGO) mas as ondas gravitacionais são extremamente difíceis de detectar. 10
A astronomia planetária tem se beneficiado da observação direta pelos foguetes espaciais e amostras no retorno das missões. Essas missões incluem fly-by missions com sensores remotos; veículos de aterrissagem que podem realizar experimentos no material da superfície; missões que permitem ver remotamente material enterrado; e missões de amostra que permitem um exame laboratorial direto.
Astrometria e mecânica celestial[editar]
Um dos campos mais antigos da astronomia e de todas as ciências, é a medição da posição dos objetos celestiais. Historicamente, o conhecimento preciso da posição do Sol, Lua, planetas e estrelas era essencial para a navegação celestial.
A cuidadosa medição da posição dos planetas levou a um sólido entendimento das perturbações gravitacionais, e a capacidade de determinar as posições passadas e futuras dos planetas com uma grande precisão, um campo conhecido como mecânica celestial. Mais recentemente, o monitoramento de Objectos Próximos da Terra vai permitir a predição de encontros próximos, e possivelmente colisões, com a Terra. 11
A medição do paralaxe estelar de estrelas próximas provêm uma linha de base fundamental para a medição de distâncias na astronomia que é usada para medir a escala do universo. Medições paralaxe de estrelas próximas provêm uma linha de base absoluta para as propriedades de estrelas mais distantes, porque suas propriedades podem ser comparadas. A medição da velocidade radia e o movimento próprio mostra a cinemática desses sistemas através da Via Láctea. Resultados astronômicos também são usados para medir a distribuição de matéria escura na galáxia. 12
Subcampos específicos[editar]
Astronomia planetária ou ciências planetárias: um " dust devil" (literalmente, demônio da poeira) marciano. A fotografia foi captada pela NASA Global Surveyor em órbita à volta de Marte. A faixa escura e longa é formada pelos movimentos em espiral da atmosfera marciana (um fenómeno semelhante ao tornado). O " dust devil" (o ponto preto) está a subir a encosta da cratera. Os " dust devils" formam-se quando a atmosfera é aquecida por uma superfície quente e começa a rodar ao mesmo tempo que sobe. As linhas no lado direito da figura são dunas de areia no leito da cratera.
Astronomia solar[editar]
A uma distância de oito minutos-luz, a estrela mais frequentemente estudada é o Sol, uma típica estrela anã da sequência principal da classe estrelarG2 V, com idade de aproximadamente 4,6 Gyr. O Sol não é considerado uma estrela variável, mas passa por mudanças periódicas em atividades conhecidas como ciclo solar. Isso é uma flutuação de 11 anos nos números de mancha solares. Manchas solares são regiões de temperatura abaixo da média que estão associadas a uma intensa atividade magnética. 14
O Sol tem aumentado constantemente de luminosidade no seu curso de vida, aumentando em 40% desde que se tornou uma estrela da sequência principal. O Sol também passa por mudanças periódicas de luminosidade que podem ter um impacto significativo na Terra. 15 Por exemplo, se acredita que o mínimo de Maunder tenha causado a Pequena Idade do Gelo. 16
A superfície externa visível do Sol é chamada fotosfera. Acima dessa camada há uma fina região conhecida como cromosfera. Essa é envolvida por uma região de transição de temperaturas cada vez mais elevadas, e então pela super-quente corona.
No centro do Sol está a região do núcleo, um volume com temperatura e pressão suficientes para uma fusão nuclear ocorrer. Acima do núcleo está a zona de radiação, onde o plasma se converte o fluxo de energia através da radiação. As camadas externas formam uma zona de convecção onde o gás material transporta a energia através do deslocamento físico do gás. Se acredita que essa zona de convecção cria a atividade magnética que gera as manchas solares. 14
Ciência planetária[editar]
Astronomia estelar[editar]
- Astronomia estelar: Estudo das estrelas, em geral.
- Formação de estrelas: Estudo das condições e dos processos que conduziram à formação das estrelas no interior de nuvens do gás, e o próprio processo da formação.
- Evolução estelar: Estudo da evolução das estrelas, de sua formação a seu fim como um remanescente estelar.
- Formação estelar: Estudo das condições e processos que levam à formação de estrelas no interior de nuvens de gás.
Astronomia galáctica[editar]
- Astronomia galáctica: Estudo da estrutura e componentes de nossa galáxia, seja através de dados relativos a objetos de nossa galáxia, seja através do estudo de galáxias próximas, que podem ser observadas em detalhe e que podem ser usadas para comparação com a nossa.
- Formação e evolução de galáxias: Estudo da formação das galáxias e sua evolução ao estado atual observado.
- Cosmologia: Estuda a origem e a evolução do universo.
Astronomia teórica[editar]
Campos interdisciplinares[editar]
O estudo da química encontrada no espaço, incluindo sua formação, interação e destruição, é chamada de Astroquímica. Essas substâncias são normalmente encontradas em nuvens moleculares, apesar de também terem aparecido em estrelas de baixa temperatura, anões marrons, e planetas. Cosmoquímica é o estudo de compostos químicos encontrados dentro do Sistema Solar, incluindo a origem dos elementos e as variações na proporção de isótopos. Esses dois campos representam a união de disciplinas de astronomia e química.
Atuação profissional[editar]
Dia do astrônomo[editar]
Ferramentas astronômicas[editar]
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